quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

(179) Pormenores...(Foz-Porto)

“Tenta perceber o valor que há em todos os pormenores da tua vida. Não sabes o porquê de estar aqui e de tudo o que te acontece? Talvez porque te focas nas grandes coisas e nem reparas naquele pormenor que pode ser o que há de mais importante. Sabes, a vida está nesses pormenores. Nos mais pequenos carinhos e gestos de desvelo. São esses que passam imperceptíveis, como se tudo acontecesse lá longe, onde a nossa vista não alcança, porque nos focamos naqueles breves momentos, que saltam aos nossos olhos.
Mas há mais, muito mais. A qualidade do que é simples, a nobreza da ternura alheia, anónima , descomprometida. Está no tal pormenor que nos escapa e que não vislumbramos, talvez porque apenas vimos o que está á frente dos nossos olhos. E é essa vida que tanto perseguimos e que nos escorre nas curvas da face, no toque que tememos, no olhar que desviamos, no afago que negamos, no abraço dado sem braço, que dura um segundo e devia durar a vida toda...
Somos uma mão cheia de indecisões, pormenores e loucuras. Somos feitos de olhares premeditados e não sabemos ler nas entrelinhas do destino. Buscamos e criamos os nossos sonhos, em cada intervalo de um olhar que não vê lá longe. Olhamos o que está ao alcance e esquecemos os PORMENORES...”

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

(178) Navega seguro...(Furadouro)

“Que sonhos? Eu não sei se sonhei... Que naus partiram, para onde? Tive essa impressão sem nexo porque no quadro fronteiro naus partem - naus não, barcos, mas as naus estão em mim.” 
(Fernando Pessoa)

“O importante não é onde permaneces, mas em que direção te moves. Navegarás algumas vezes a favor do vento e outras vezes contra ele, mas navegarás e nunca ficarás à deriva, nem ancorado.
Navega, descobre tesouros, mas não tires o teu barco do mar, o lugar dele é lá. Não tentes deter o teu barco em terra, ele precisa navegar por esses mares, porque ele tem pressa de chegar sabe-se lá onde. 
O barco da vida! Não o segures, deixa-o ir embora. Não importa se a estação do ano muda, se o vento vira, conserva a vontade de navegar, porque não se chega a parte alguma sem vontade. Sulca as águas que encontrares. Persegue o sonho, mas não deixes o teu barco sozinho. Alimenta-o com amor, cura as suas feridas, abastece-o de fé e não o prendas nunca. Mergulha de cabeça nesse mar e se a rota não estiver correcta, arrepende-te, volta atrás, enche o teu barco de esperança, mas não deixes que ele se afogue nela. 
Se perderes o teu rumo, não te percas! Se o achares, segura-o!”

terça-feira, 5 de dezembro de 2017

(177) Com o coração nas mãos...(Fátima)

“Eu tive muitas coisas que guardei nas minhas mãos, e perdi-as. Mas tudo o que eu guardei nas mãos de Deus, eu ainda possuo.”
(Martin Luther King)

“Tudo o que as mãos são capazes de fazer, deve ser feito com todo o coração.
Mãos cúmplices que se juntam para tocar corpos e corações. Mãos que buscam corações que falam e suspiram. Mãos que revelam sentimentos pelo toque, e carícias. São mãos que seguram mesmo de olhos fechados e ainda que a mente esteja em repouso. Porque até de olhos fechados há mãos que se unem para segurar e sentir o coração.
Ninguém é obrigado a conhecer-nos por dentro, para isso é preciso ter essa sensibilidade. Mas a verdade é que nem é bom que as pessoas nos conheçam a fundo, ao ponto de merecerem segurar a nudez do nosso coração. Mas para além das superficialidades, necessitam conhecer a alma...”

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

(176) Super Lua...(Maia)

“Esperei pacientemente. Apontei sem que a mão tremesse. O tempo passava lento. Finalmente, ela sorrateiramente foi aparecendo aos poucos atrás daquela árvore enorme, sem nunca perceber que eu a esperava e via...e ela altiva, sem receios expôs-se completamente. Disparei. Ah essa lua cheia...Cheia de magia. Aqui ficou ela para sempre...”