sábado, 27 de outubro de 2012

(144) Emaranhado...(Águas Santas)

“Sei que és assim...
Um emaranhado de incógnitas que não se curva á certeza das dúvidas, das obrigações, do tem que ser, do deve ser. E isso faz-te por vezes sentir perdida. Mas pior do que te sentires perdida é perderes-te de ti mesma, no emaranhado de espinhos da vida, em que sufocas e te misturas. E por defesa, preferes desvendar-te aos poucos, lentamente, para não te ferires e não ferires mais ninguém...
Há coisas que não se explicam; nem palavras que as descrevam ou soluções que as resolvam. Sentimentos, gestos, sonhos e sorrisos. A alma entende e a boca reprime. Essa é uma das únicas certezas que tens. Talvez infundada também...”

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

(143) Escolhas...(Águas Santas)

“Há momentos, em que sentes necessidade de saber sobre o teu futuro. Queres e mais do que isso, precisas saber se as escolhas que fizeste são as corretas. Se o que dizes de alguma maneira te afeta, e se o que escolheste para ti é realmente o melhor. Mas em simultâneo, queres que tudo aconteça com naturalidade e que a tua vida siga um curso natural, sem ações premeditadas, ou sonhos comprados no mercado da esquina. Acima de tudo queres viver e mais do que isso, queres saber viver. E esse é o desafio, porque não nos dão a possibilidade de escolher se queremos crescer.”

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

(142) Outono da Vida...(Águas Santas)

“É assim o Outono. Aquilo que foram as árvores carregadas de flores policromáticas, logo murcharão e deixarão a árvore nua. A cor alaranjada das folhas, torna-se o prenúncio de que muitas outras novas flores virão na nova estação - e assim se eterniza o ciclo. Outono agradável ou indesejável ou ainda monótono ou enérgico. Tal como na vida, as estações não mudam, o que muda é a queda das flores e o nascimento de outras, renovando a natureza da inconstância humana.”