“Procurava-o.
Um plácido silêncio adormece, nesta tarde. O intenso frio do Inverno contrai-se na placidez das horas do relógio. Um sino, aqui bem perto, traz-me as minhas lembranças e devaneios latentes, mas ignorados, avisando-me que está na hora de recolher. Hoje, tenho caminhado sem batuta, sem maestro, sem notas musicais, sem sentir o frio cortante. As minhas janelas continuam abertas. Mas tenho estilhaços de vidraças quebradas que o gélido frio aproveita. No recanto de meu refúgio, resta-me beber a geada da noite para humedecer as palavras mudas.
Encontrei-o…”