E sinto o vento que vai passando no areal, deixando as marcas das gaivotas desenhadas na areia, enquanto da minha cabeça se desvanecem as palavras da lembrança, porque a distância é insuportável e olhando as ondas que se espraiam com rastos na maré cheia, fica-me a íntima idéia, bem clara no pensamento, que muito perdemos em devaneios imorais. E na latência deste silêncio, sinto que muito mais podia fazer, antes de dar lugar á demência.
As gaivotas, essas não querem nem saber que estou aqui...mas estarei, enquanto o marulhar das ondas não sufocar este silêncio que me leva a esse lugar...onde a distância é insuportável"